Relato de atividade em sala de aula

CONSTRUINDO A DEMOCRACIA SEXUAL NA ESCOLA

Café com Leite
11/11/2009
Ensino Médio
26
Michel Barbosa Gomes




Promover um debate sobre sexualidade e orientação sexual para adolescentes da 1ª série do Ensino Médio. O filme foi apresentado com o intuito de democratizar a sexualidade humana e articular conhecimentos previamente estudados, como: direitos sexuais e reprodutivos, democracia sexual e diversidade no universo escolar.

Previamente foram estudados diversos textos sobre história da sexualidade; leis e direitos reprodutivos, relações de gênero, etc. O tema predominante nas aulas foi a homossexualidade. Fizemos inúmeros débates sobre sexismo, homofobia e diversidade sexual. O filme foi apresentado com o intuito de desmistificar os rotulos e preconceitos em relação à homossexualidade. Os alunos foram para sala de vídeo com expectativas em torno do tema e da abordagem do curta. Em toda sua exibição ficaram extremamente atentos demostrando suas sensações, com gestos e frazes negativas ou de apoio as imagens. Depois de sua exibição os próprios alunos(as) iniciaram o debate, construindo teias de opiniões que expressavam seus conhecimentos anteriomente adiquiridos e seus valores pessoais. O interessante é que ninguém ficou indiferente ao filme. Todos se sencibilizaram e (re)construiram imagens e conceitos sobre a homossexualidade e a sexualidade de uma forma geral.

Após apresentação do curta os alunos(as) conseguiram compreender que existe uma sexualidade humana e que a homossexualidade é uma de suas manifestações. Também foram capaz de analisar uma trajetória histórica e conquista de direitos sexuais. Perceberam que a homofobia é sempre fruto da ignorância e gera violência e revoltas. Muitos alunos(as) conseguiram falar sobre a sexualidade de uma forma mais tranquilha e reflexiva. Temas que antes eles percebiam apenas com indiferença ou preconceito, agora discutem de forma sócio-histórica. O próprio conceito de sexualidade que abrange a noção de prazer, consciência, cuidado de si e do outro foi amplamente entendido. Nesse sentido a exibição do filme, as leituras e debates proporcionaram uma visão crítica sobre sexo seguro, sobre a busca do prazer em suas diferentes manifestações,e o conhecimento do próprio corpo e daquilo que nos faz sentir bem. A exibição do filme potencializou um experiência antropológica no momento em que todos que assistiram tentaram imaginar como seria se eu fosse esse outro. Nesse sentido, todos ficaram confortáveis ao ver que, diferente de muitas idéias e imagens que nós chegam, é possível vivenciar sua sexualidade sem medos, culpas ou tabus que muitas vezes dificultam a construção da identidade sexual de cada um.