A câmera caminha pelos corredores de uma instituição que parece decadente. Paredes cujas cores perderam o brilho e que, aos poucos, começam a descascar. Utensílios jogados nos cantos, amontoados a dar a impressão de abandono. Equipamentos que não conseguimos identificar mas que nos parecem antigos demais, obsoletos. Quando entramos em recintos, eles se revelam escuros e ao nos acostumarmos a penumbra que prevalece, vamos divisando igualmente um ar de abandono, de esquecimento... Estamos em Belford Roxo, estado do Rio de Janeiro, Brasil... Na última fábrica de discos de vinil da América Latina...
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A tecnologia e sua evolução são os alvos deste trabalho. Como a música era tocada nos lares de nossos pais e avós? Antes dos CDs, do Ipod, dos MP4s e de toda esta parafernália eletrônica, de que modo as pessoas reproduziam os sucessos de seus cantores, cantoras e grupos preferidos? Responder estas perguntas significa dar passos rumo ao passado, levantar as tecnologias existentes, criar linhas do tempo que nos permitam entender esta evolução...
Proponha aos alunos que mostrem em sala de aula os recursos que utilizam para ouvir música (CDs, MP4s, celulares, Ipods e equivalentes). Peça a eles, como tarefa, que busquem em suas casas e também na de parentes mais velhos (como tios e avós) equipamentos por eles utilizados para escutar música (como discos de vinil, vitrolas portáteis, walkman, rádios de pilha...). Passe o filme A Última Fábrica e inicie questionamentos quanto ao que perceberam deste filme, inclusive a aparente contradição de apresentar uma fábrica de discos e o curta não ter diálogos e músicas de fundo. Peça que montem uma linha do tempo que apresenta a evolução dos equipamentos utilizados para ouvir música. Monte uma exposição na escola sobre o assunto com as linhas do tempo e os equipamentos antigos e novos mostrados em aula.
A ponte entre passado e presente é uma forma de permitir que as novas gerações entendam os legados que lhes são concedidos pela evolução da sociedade, tanto nos aspectos sociais, culturais e políticos quanto nos tecnológicos. Serve ainda de conexão com as gerações que os precederam, gerando a possibilidade da interação, do encontro, da troca de ideias e do entendimento, apesar das evidentes diferenças entre o que pensam e da compreensão que tem do mundo e das coisas que os cercam.
