Relato de atividade em sala de aula

CURTINDO O CORDEL NA SALA DE AULA

O Lobisomem e o Coronel
08/11/2007
Língua Portuguesa
Ensino Fundamental - Anos Iniciais
34
Maria Juscilene N. da Silva



Debater sobre a desigualdade e os problemas sociais. Enfatizar a importância da oralidade nordestina na cultura popular.Reconhecer a origem da literatura de cordel e sua estrutura como gênero textual.Diferenciar o cordel do repente e da embolada.Identificar as temática recorrentes nos livretos. Produzir uma estrofe e desenhos semelhantes a xilogravura. Transformar a linguagem cordelista em prosa.

A literatura de cordel é considerada uma importante fonte de memória de um povo e revela a difusão popular da arte folclórica. Portanto, trabalhar com cordel em sala de aula é imprescidível.Diante disso, escolhemos o filme " O Lobisomem e o coronel" como instrumento de incentivo para iniciar nosso trabalho. Em uma roda de conversa debatemos sobre a desigualdade social presente na sociedade. Em seguida realizamos pesquisas sobre o que é cordel, sua origem e como o mesmo é produzido.Foi apresentado os principais assuntos retratados nos livretos, bem como a diferença entre cordel, embolada e o repente através de aula expositiva e conversa informal. Num outro momento cada aluno produziu uma estrofe recontando a história do curta e desenhos semelhantes a xilogravura. Por fim, assistimos novamente o filme com o propósito de transformá-lo em prosa, com o desafio de cada educando dar um novo final ao conto.

Mediante as atividades desenvolvidas os alunos foram capazes de produzir um cordel coletivo, conhecendo sua estrutura com rimas, versos e estrofes, além de reconhecerem o valor dessa poesia popular para sua formação cultural. Hoje escrever cordel chega a ser bem divertido - é o que fala o aluno Delnathan- (10anos), "Cordel também é diversão, no filme encontramos partes do nosso folclore". Já Wallyson-(10 anos) diz: " Com o filme vimos que não é certo ser preconceitoso e ficamos mais criativos na produção dos textos. Um ditado para ele é quem tudo quer tudo perde, porque o coronel tinha tudo e acabou perdendo o que tinha". Pedro-(9 anos) "Assitimos o filme e aprendemos a ler melhor cordel". Karolaine -( 10 anos) " Aprendi que tudo que temos a gente tem que dividir, porque o Coronel sempre queria mais e acabou morto e não levou nada e João Vaqueiro que não tinha nada ficou com toda riqueza do Coronel". Geovana- (10anos)" A gente sendo ambicioso acaba perdendo tudo.Gostei muito de fazer o cordel e o texto porque aprendi a rimar brincando". Franciele-(11 anos) "O filme mostra a maldade do Coronel e a bondade de João.Fazer cordel é bom porque conhecemos a cultura popular". Essas foram algumas das reações das crianças ao trabalhar com o filme e com nossa cultura.