Produzir cordel a partir de crendices locais, enfatizando as características do gênero.
Diferenciar o repente do cordel.
Desenvolver através de atividades teatrais, capacidades de cooperação, de companheirismo, de desinibição, de respeito, de generosidade, de esforço e de julgamento.
Inferência a partir do título "O Lobisomem e o Coronel". Quem são o Lobisomem e o Coronel? Qual será o cenário do filme? Por quê? Vocês conhecem alguma história sobre lobisomem ou sobre coronel? Como serão as características destes personagens? Que adjetivos descreveriam suas figuras? Estas duas forças, que exercem certo poder sob o povo, como se diferem? O que as tornam semelhantes? Se eles representam as figuras poderosas, quem poderá ser aqueles que têm medo? Quem mais poderá fazer parte desta história?
Exibição do filme, interrompendo-o para que eles levantem hipóteses sobre sua continuidade, conversando sobre a necessidade do ápice em uma história.
Distribuição do texto do filme para leitura dos alunos.
Questionamento sobre o gênero no qual o texto se enquadra, estabelecendo relações com gêneros que o aluno já conhece.
Visita ao laboratório de informática sob orientação do professor, para pesquisar: "Diferença entre repente e literatura de cordel" e "Xilogravura".
Socialização das pesquisas.
Festival de Literatura de Cordel: leitura de Cordéis disponíveis no site http://www.ablc.com.br/; leitura de livros do gênero expostos num varal, explorando as ilustrações; visita de um morador da comunidade, que coleciona cordéis, para leitura e declamação de alguns títulos da sua coleção.
Nova exibição do filme para montar peça teatral.
Ensaios e apresentação da peça teatral.
Produção coletiva do cordel "A lenda da Caipora"
O trabalho foi feito de forma interdisciplinar, Língua Portuguesa e Artes. Os alunos participaram ativamente de todas as etapas do trabalho a partir das inferências do título. Alguns relacionaram coronel à figura do "chefão da fazenda" e outros a coronel de polícia. Para chegarem a conclusão de quem seria nosso personagem pedi que estabelecessem uma relação "Lobisomem X Coronel" e chegaram a conclusão que essas crendices fazem parte da zona rural e apostaram na figura do coronel da fazenda.Após a exibição do filme, ficaram encantados com a produção do curta e ao receberem os textos, todos acompanharam o filme cantando.A pesquisa foi feita em grupo e através da socialização percebi que os objetivos foram alcançados.O festival de Literatura de Cordel foi um sucesso, a presença do colecionador de Cordéis, membro da comunidade, enriqueceu o trabalho e envolveu os alunos.A organização da peça teatral trouxe-me um pouco de frustração, pois nem todos se interessaram pelo trabalho, porém os demais estavam tão entusiasmados que me contagiaram. Distribui tarefas de bastidores para os quatro alunos que não quiseram participar da encenação.A produção coletiva do Coronel "A Lenda da Caipora", também, foi frutífera. Convidei uma aluna do 4º ano do Curso Normal Médio (filha de repentista) que tem habilidade com o gênero para me auxiliar. Os alunos começaram timidamente e depois já faziam estrofes inteiras. A apresentação da peça aconteceu de forma satisfatória e todos participaram com bastante empolgação.Ao finalizar o trabalho, refleti sobre nossas conquistas: aprender a ouvir, dar voz e vez a todos, aprender a organizar e expressar idéias, ser solidários e desenvolver a confiança para se apresentar na frente de uma platéia. Foi uma experiência gratificante para todos e concluímos que o nome do Projeto Curta na Escola, como seu nome ambíguo sugere é realmente uma "curtição".
