Bem-vindo a Talhado. No sertão do Brasil, uma comunidade quilombola filmada no início dos anos 1960. Terra seca, gente humilde, homens que fugiram do cativeiro e deram início a sua vida livre preocupados em sobreviver. Nos céus pouca ou nenhuma chuva, campos que deviam florescer mas que pela escassez das águas teimavam em não parir o alimento. É tempo de cerâmica, de mulheres com a mão na massa, a revirar a argila, a produzir os tachos e vasilhames para o trabalho doméstico. É hora de sair da toca, ir para a cidade mais próxima, vender na feira livre o fruto do trabalho que irá virar roupas e alimentos. Retratos de um Brasil que não mais existe...
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Apresentar aos alunos a realidade dos quilombos, comunidades de resistência a escravidão, onde os negros fugidios se reuniam, em regiões afastadas e indesejadas aos olhos de fazendeiros ou investidores e semeavam uma vida simples, humilde, mas liberta e de luta. Se os antigos opressores desapareceram, em seu lugar, a seca, a fome, o analfabetismo e o isolamento se impuseram...
Realizar aulas de apresentação do tema, a saber: Escravidão, luta e resistência, Quilombos, Zumbi dos Palmares, Abolição... Propor leituras de textos curtos (provenientes de jornais, revistas ou internet). Trazer livros com relatos e estudos sobre os temas em estudo. Apresentar o curta ao grupo. Propor pesquisas sobre as comunidades quilombolas que ainda existem no país e, também, sobre a condição de vida da população negra brasileira (indicadores sociais) que nos permitam compreender se a abolição e lutas lhes trouxeram condições dignas de vida.
Uma das maiores chagas de nossa história, a escravidão gerou revoltas e levou muitos cativos a fugir, para o interior do país, onde vieram a fundar os quilombos. Símbolo da resistência aos grilhões, tais comunidades se isolaram do país e caracterizaram-se por sua simplicidade e pobreza. Uma obra clássica como "Aruanda" nos permite ver de perto como foi a vida nos quilombos!
